No terceiro dia da COP30, reunimos especialistas, formuladores de políticas públicas e lideranças empresariais para avançar temas centrais da agenda de implementação climática, em debates realizados na Blue Zone e na Casa Diálogo, sede temporária do CEBRI em Belém.
Além das discussões, foi entregue ao Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a Enviada Especial de Saúde da COP30, Ethel Maciel, e a Princesa Abze, de Burkina Faso o resumo do projeto desenvolvido pelo CEBRI em parceria com o Clean Air Fund. A iniciativa visa ampliar discussões e ações sobre qualidade do ar e impactos dos superpoluentes no meio ambiente, na saúde e na economia.
13 de novembro
Transformando Compromissos Energéticos em Ação — Desafios e Perspectivas a Frente
Organizado pela Catavento e pelo CEBRI, o painel reuniu especialistas para analisar caminhos possíveis para avançar nos compromissos energéticos globais estabelecidos desde a COP28. Clarissa Lins, sócia-fundadora da Catavento e Conselheira Consultiva e Internacional do CEBRI, conduziu a abertura das discussões contextualizando os avanços e limitações do último ciclo de negociações.
O debate analisou três frentes estratégicas:
(i) o triplo aumento da capacidade instalada de energias renováveis,
(ii) o dobro da taxa de melhoria da eficiência energética, e
(iii) a transição dos combustíveis fósseis de forma justa, ordenada e equitativa.
A discussão abordou os principais desafios enfrentados desde 2023, incluindo barreiras regulatórias, financeiras e tecnológicas. O debate apontou caminhos para transformar compromissos diplomáticos em ações concretas na próxima década, com ênfase na coordenação global, na previsibilidade regulatória e no fortalecimento de investimentos de longo prazo.
13 de novembro
Transição de Recursos: Agenda Estratégica de Ação Climática e a Nova Liderança Climática Global
Coorganizado pelo CEBRI e pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS), o painel discutiu como as transformações geopolíticas e geoeconômicas têm redefinido a governança climática global.
Com a presença de Izabella Teixeira, Conselheira Consultiva e Internacional do CEBRI, o evento teve foco na transição de recursos naturais essenciais, apontada como eixo estratégico para a implementação do Acordo de Paris e para a emergência de uma nova liderança climática.
Maria Netto, Senior Fellow do CEBRI e Diretora Executiva do iCS, ressaltou o papel cada vez mais decisivo dos atores não estatais no enfrentamento das mudanças climáticas, sobretudo porque seus impactos recaem diretamente sobre a vida, a saúde e a economia das populações. Nesse cenário, a sociedade civil organizada se consolida como parceira estratégica, contribuindo com ações concretas e impulsionando uma transição mais sustentável no uso da terra, oferecendo experiências valiosas que podem orientar e fortalecer a atuação dos governos.
Durante o painel, especialistas ressaltaram a importância da geopolítica para viabilizar a cooperação, o papel crescente dos atores não estatais e subnacionais na implementação da agenda climática e a urgência de sistemas institucionais capazes de transformar ciência e dados ambientais em ação territorial. O painel também reforçou a necessidade de enfrentar a desinformação, alinhar prioridades de financiamento e consolidar uma liderança climática global baseada em transparência, inclusão e equidade.
Encerrando o painel, Julia Dias Leite, Diretora-Presidente do CEBRI, reforçou o compromisso do CEBRI em fortalecer pontes entre ciência, política e ação climática.
13 de novembro
Gerando Valor a partir dos Minerais para a Transição | Creating Value from Minerals for the Transition
Organizado pelo CEBRI, IBRAM e Meridiana, em parceria com Cenergia/COPPE/UFRJ, CETEM, EPE, iCS e SGB, e com patrocínio da BHP e da Vale, o evento reuniu lideranças autoridades públicas, representantes de organizações internacionais e lideranças do setor mineral, incluindo o deputado Arnaldo Jardim, ICMM, EPE, MME e o Governo do Canadá, para discutir caminhos para acelerar projetos de mineração sustentável no Brasil. Participaram do evento
A mesa apresentou os resultados do estudo “O papel do Brasil na agenda global de minerais críticos e estratégicos”. Iniciado em 2024, o projeto tem como objetivo analisar a demanda nacional por minerais essenciais à transição energética e o potencial brasileiro de oferta.
A conversa destacou a importância de aprimorar instrumentos financeiros e regulatórios para acelerar projetos greenfield com base em licenciamento previsível e infraestrutura adequada; fortalecer a posição brasileira nas cadeias globais de valor dos minerais; garantir que os projetos gerem retorno socioeconômico às comunidades locais.
O encontro reforçou que o Brasil possui vantagens competitivas relevantes na economia mineral de baixo carbono, mas depende de coordenação institucional e estabilidade regulatória para converter esse potencial em oportunidades concretas.