O atual panorama geopolítico é marcado por mudanças profundas no sistema internacional. Diante do enfraquecimento da ordem liberal e do multilateralismo, os países são desafiados a repensar suas estratégias de segurança e seu posicionamento nesse complexo cenário político. No entanto, a visão tradicional da Segurança Internacional, fortemente ancorada na geopolítica, representa apenas uma parte dos desafios regionais da América Latina, que possui características próprias e desafios estruturais enraizados em seu processo de formação e que transcendem as fronteiras da região. Nesse contexto, o aumento dos eventos climáticos extremos e seus impactos devastadores tornam evidente a conexão entre clima e segurança internacional, especialmente diante da crescente “securitização” da agenda climática. 

A inclusão das mudanças climáticas nas estratégias de segurança e defesa reflete a preocupação crescente e os impactos na estabilidade global.

Diante disso, a mesa-redonda preparatória para a XXII Conferência de Segurança Internacional do Forte, conhecida como “Miniforte”, tem como objetivo aprofundar essas discussões. Além da necessidade de avançar no desenvolvimento sustentável por meio do uso de energias limpas, o encontro debaterá como a cooperação entre América Latina e Europa — com destaque para Brasil e Alemanha — no setor de defesa pode gerar ganhos mútuos, impulsionando o desenvolvimento tecnológico e fortalecendo a cooperação transatlântica.