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Academic Articles

Diplomacy and Democracy

Diplomatic Constraints and Democratic Decline.

Abstract

This article examines the constraints on diplomacy in the context of global democratic decline. It argues that reduced democratic standards undermine diplomatic effectiveness and proposes strategies to reinvigorate multilateralism. Brazil is highlighted as a key democratic actor capable of advancing diplomacy grounded in peace, cooperation, and international engagement.

Keywords

diplomacy; democracy; global governance; multilateralism; Brazil.

Os principais conflitos atuais no Oriente Médio, entre Israel e Gaza, e no Leste Europeu, entre Rússia e Ucrânia , bem como a “guerra das tarifas” iniciada pelos Estados Unidos e as consequentes incertezas econômicas, entre outros fenômenos em curso, clamam por soluções negociadas internacionalmente. O que estaria dificultando o funcionamento de mecanismos tradicionais para mediações, arbitragens, ou bons ofícios diplomáticos? Por que o sistema das Nações Unidas, da OMC e de outros organismos implantados desde o final da II Guerra Mundial não é invocado para a busca de soluções? Estaria sendo difícil, ou quase impossível, à diplomacia mundial alcançar mais e melhores resultados quando países se tornam menos democráticos?

Para tratar de responder a essa pergunta, recorde-se, de início, que a diplomacia existe desde os albores da humanidade, uma vez que até tribos pré-históricas enviavam mensageiros em busca de acordos para estabelecer tréguas e alianças ou definir territórios para caça. Por sua vez, a democracia, sob alguma forma, existe desde a Grécia Antiga, se não antes. Democracia e diplomacia têm convivido, portanto, paralelamente sem qualquer dependência ou aparente correlação entre ambas, pois, através da história, os países autocráticos (a maioria) e as (poucas) democracias incipientes enviavam diplomatas e estabeleciam acordos, essencialmente bilaterais. 

A RELAÇÃO ENTRE O COMÉRCIO INTERNACIONAL E A PAZ

O exame da relação entre o comércio internacional e a paz antecedeu ao exame da existência de eventual conexão entre democracia e diplomacia. Kant (1795) referiu-se ao comércio internacional como uma força civilizadora, que promove a interdependência entre os povos e desencoraja conflitos, pois as guerras se tornariam prejudiciais aos próprios interesses econômicos: “O espírito do comércio (...) cedo ou tarde se apodera de todos os povos e não pode coexistir com a guerra; e, portanto, mais cedo ou mais tarde, ele opera como uma força contra a guerra”.

De certa forma, Kant ampliou a ideia que Montesquieu (1748) expusera, poucos anos antes, de que o comércio modera os costumes, tornando-os mais suaves (mœurs douces); reduz a violência e os conflitos, pois os povos veem mais vantagem na troca do que no saque; e promove a paz entre os Estados, ao criar interesses comuns e interdependência econômica: “Onde quer que haja costumes suaves, há comércio; e onde quer que haja comércio, há costumes suaves”.

Montesquieu, inspirado no sistema político inglês, e Kant trataram da democracia. Embora tendo vivido sob regimes políticos autocráticos, revelaram interesse pelo tema, pois o primeiro propôs a separação de poderes como forma de evitar abusos e garantir liberdade política, e o segundo, a legalidade e a participação dos cidadãos na legislação, assim como defendeu repúblicas constitucionais com base na razão e no direito. Ambos foram fundamentais na formação do pensamento político moderno, que influenciou o constitucionalismo, o liberalismo e a democracia representativa, tendo sido pioneira a ligação que fizeram entre as relações internacionais comerciais e a paz, sobretudo porque a diplomacia parecia sempre atuar depois e não antes dos conflitos.    

A RELAÇÃO ENTRE A DIPLOMACIA E A PAZ 

Não parece haver dúvidas sobre os avanços diplomáticos em momentos imediatamente posteriores ao final dos maiores conflitos bélicos. Assim, após a Guerra dos Trinta Anos, da Paz de Westfália (1648) emergiu o conceito de nações soberanas, cuja observância evitaria inúmeras controvérsias, sobretudo as religiosas; ao final das guerras napoleônicas, o Congresso de Viena (1815) deu início ao Concerto Europeu que preservou a paz naquele continente por quase um século; o fim da I Guerra Mundial (1918) propiciou a criação da Liga das Nações, bem como, ainda na esteira do conflito, na década seguinte, o Direito Internacional passou a contar com o Pacto Kellogg-Briand, (1928) que proibiu as guerras; e ao término da II Guerra Mundial, diversas iniciativas diplomáticas levaram à criação do sistema em vigor a partir da criação da ONU, do Banco Mundial e do FMI, bem como, a partir de então, várias outras organizações internacionais. 

Seguindo essa lógica de avanço diplomático ao final de cada conflito de maior porte, a questão que se segue diz respeito às consequências diplomáticas ao final da Guerra Fria. De forma hoje vista como precipitada (pois não se realizou), a frase de notabilizou-se ao declarar, em artigo publicado em 1989:

O que talvez estejamos testemunhando não é apenas o fim da Guerra Fria, ou a passagem de um período específico da história do pós-guerra, mas o fim da história como tal: ou seja, o ponto final da evolução ideológica da humanidade e a universalização da democracia liberal ocidental como a forma final de governo humano (grifo do autor).

Seja o término da Guerra Fria contado a partir da queda do Muro de Berlim (1989) ou da dissolução da União Soviética (1991), o que se verifica é, de fato, ter havido um período curto (até o início ou meados da década seguinte), quando uma rara decisão do Conselho de Segurança e, depois, ao longo da década, vários acordos multilaterais foram negociados e concluídos, como exemplificado abaixo. 

A decisão do Conselho de Segurança foi relativa à invasão do Kuwait pelo Iraque, em 1990, quando nem um dos membros permanentes vetou a Resolução 660 que condenou a invasão e exigiu a retirada das tropas iraquianas, algo que não ocorria desde a Resolução 82 de 1950, que determinara o mesmo com relação às tropas norte-coreanas que haviam invadido a Coreia do Sul.

No tocante a acordos multilaterais, estes ocorreriam em diversas áreas. Na de paz e segurança, o primeiro exemplo significativo foi a conclusão do Acordo sobre Armas Químicas (1992); seguiu-se a aprovação do Tratado Abrangente de Banimento de Testes Nucleares (1994); seguiram-se a aprovação da prorrogação indefinida do TNP decidida durante a Conferência de Revisão e Extensão (1995), a aprovação do Tratado de Banimento das Minas (1997); e a conclusão do Tratado de Proibição de Minas Terrestres (1997). Na área ambiental, houve a realização da Conferência sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento no Rio (1992) quando foram assinados acordos sobre biodiversidade e mudança climática; e a aprovação do Protocolo de Quioto (1997) com o objetivo de reduzir emissões de gases de efeito estufa nos países desenvolvidos. No âmbito comercial, o Acordo de Marraquexe (1994) concluiu a Rodada Uruguai e determinou a criação da OMC (1995), que incluiu um sistema coercitivo de solução de controvérsias. No tocante a questões de direitos humanos, destacar-se-ia a criação, pelo Estatuto de Roma (1998), do Tribunal Penal Internacional, considerado avanço importante ao possibilitar o julgamento de crimes de genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

Apesar de tantos logros importantes, os que atuaram na diplomacia na década de 1990 não se davam conta de que viviam em uma era dourada durante a qual acordos multilaterais, alguns antes impensáveis, tornaram-se viáveis com relativa facilidade, como os exemplos acima indicam. Antes de verificar qual a relação, se é que havia ou há alguma, entre esses feitos diplomáticos e o grau de democracia no mundo naquele momento, cabe examinar os desafios diplomáticos e os índices de democracia naquele período logo após o fim da Guerra Fria.

A SITUAÇÃO DA DEMOCRACIA NA DÉCADA DE 1990 

Os índices de democracia no mundo na década de 1990 exibiam avanços positivos: o número de países democráticos saltou de 40, em 1974, para 76 em 1990. Como e por que isso aconteceu? Alguns dados explicariam essas melhoras. Após a dissolução da União Soviética, quinze repúblicas emergiram como Estados independentes no cenário internacional. Muitos países da Europa Oriental e da Ásia Central realizaram eleições partidárias. Os países da América do Sul que haviam realizado transições de regimes militares na década anterior consolidaram a democracia. Na África do Sul, terminava, em 1994, o apartheid por meios democráticos. 

Segundo dados da Freedom House e da Reporters Sans Frontières, observou-se na década uma melhora expressiva nos índices sobre questões inerentes à democracia, tais como liberdade de imprensa, independência do Judiciário e eleições. No tocante à liberdade de imprensa e de expressão durante os anos 1990, os índices foram impulsionados por processos de redemocratização e liberalização política. No tocante à independência do Judiciário, a década marcou-se por uma inflexão positiva, com o fortalecimento de judiciários autônomos em novas democracias. Por fim, os indicadores de democracia eleitoral e liberal, conforme o V-Dem e o Polity Project IV, apontam para uma transformação histórica relevante: os anos 1990 assistiram ao auge da terceira onda de democratização (V-Dem Institute 2023). Os dados parecem indicar, portanto, que o avanço diplomático na década mencionada acima coincidiu com a expansão democrática no mundo.

A teoria da paz democrática

Não seria por mera coincidência que, na década de 1990, alguns autores desenvolveriam a chamada teoria da paz democrática, ou seja, a ideia de que democracias são menos propensas a entrar em guerra umas contra as outras como resultado de percepções culturais e políticas (Russett & Antholis 1992).  Sob a liderança de Russett, identificaram mecanismos como normas compartilhadas, transparência institucional e custos políticos internos que incentivariam a resolução pacífica de disputas. Argumentaram que a diplomacia entre democracias seria facilitada por estruturas internas que promoviam a confiança mútua (Russett et al. 1993). Apresentaram  estudo quantitativo sobre conflitos entre democracias (Oneal & Russett 1999). Outro autor, Gartzek, propôs uma alternativa à paz democrática: não é a democracia em si, mas sim o capitalismo liberal e a integração econômica que reduzem conflitos. Argumentou que países economicamente livres e integrados têm mais a perder com guerras, optando por soluções diplomáticas. Em resumo, Russett e colegas enfatizaram a democracia como causa principal da paz, enquanto Gartzke atribuiu maior peso à liberalização econômica.

Segundo os proponentes da teoria da paz democrática, os mecanismos institucionais e normativos das democracias explicariam essa tendência, tais como freios e contrapesos que dificultam a atuação autocrática de chefes de governo (parlamentos, sistema judiciário independente, imprensa, opinião pública, sociedade civil). Democracias compartilham valores como resolução pacífica de disputas e direitos humanos. Tendem a confiar mais umas nas outras e esperar comportamento previsível dos outros governos democráticos. A mídia livre e a sociedade civil atuam como freios: expõem os custos da guerra e questionam sua legitimidade. Governantes temem perder eleições se se envolverem em conflitos impopulares. Governos democráticos operam com mais transparência, o que contribui para evitar mal-entendidos e promove a confiança entre nações. Democracias frequentemente mantêm comércio e investimentos umas nas outras, diminuem os custos militares e cooperam pacificamente. Além disso, tendem a compor e manter alianças, muitas vezes estáveis e duradouras em comparação com as dos regimes autocráticos. 

Outros autores também trataram do tema. Samuel P. Huntington (1991) examinou as implicações da democratização para as relações internacionais; Spencer R. Weart (1998), após examinar conflitos políticos e militares, afirmou não ter encontrado exceção à alegação de que democracias liberais bem estabelecidas nunca haviam entrado em guerra uma contra outra; Kenneth A. Schultz (2001) argumentou que a competição política em democracias afetava o processo decisório em crises internacionais, frequentemente conduzindo a resultados diplomáticos exitosos; e Michael W. Doyle (2024) realizou uma análise profunda da teoria da paz democrática, sua continuidade e os fatores que contribuíam para as relações pacíficas entre democracias.

A gradual deterioração da democracia a partir de 2000

Desde meados da década de 2000, a tendência democrática tem sofrido uma reversão. Observou-se um retrocesso democrático generalizado, marcado pela degradação de eleições livres, pela erosão de direitos civis e políticos e pela consolidação de regimes autocráticos competitivos (Levitsky & Way 2010). A queda dos índices de liberdade de imprensa foi atribuída ao crescimento do autoritarismo digital, da repressão estatal e da captura de meios de comunicação por elites políticas e econômicas (Freedom House 2023; Reporters sans frontières 2023). Houve também uma estagnação ou mesmo declínio em relação à independência judicial em diversos contextos, notadamente nos quais ocorreram processos de concentração de poder e ataques à autonomia institucional do Judiciário (V-Dem Institute 2023). Verificou-se igualmente um retrocesso em várias regiões, caracterizado por enfraquecimento da legalidade, instrumentalização de instituições de controle e aumento da impunidade (World Justice Project 2023).

A aparente diminuição de apego pela democracia constituiu fenômeno que logo seria objeto de exame por diversos autores nos anos recentes. Assim, por exemplo, Daron Acemoglu e James A. Robinson (2012; 2019) analisaram as instituições democráticas e seu papel para estabilidade e desenvolvimento das nações; James Kloppenberg (2016) estudou as origens morais e intelectuais da democracia como autogoverno baseado na deliberação, igualdade e tolerância; e Levitsky e Ziblatt (2018 e 2023) examinaram os desafios enfrentados pelas democracias modernas, especialmente em contextos de crescente polarização e retrocessos democráticos. Propuseram reformas institucionais e políticas para fortalecer as democracias e prevenir o avanço do autoritarismo. 

Não faltaram, porém, opiniões contrárias à correlação entre democracia e paz, como, por exemplo, verbete da Enciclopédia de Política da Oxford Research (Reiter 2017), que sugeriu que a correlação entre democracia e paz pode ser espúria, influenciada por outros fatores tais como interesses nacionais ou equilíbrio de poder. Um artigo criticou a teoria ao argumentar que a promoção da democracia pode, às vezes, levar a maior desestabilização e conflito, particularmente em contextos pós-coloniais (Zachariades 2018).

OS DESAFIOS DA DIPLOMACIA MUNDIAL

Os desafios da diplomacia mundial têm sido atribuídos a dificuldades para adaptar seus métodos e práticas à globalização (em particular à evolução tecnológica), ao aumento do número de países, de organizações internacionais e de organizações não governamentais e à ampliação de temas tratados multilateralmente (Mello Barreto 2024). De fato, o movimento antiglobalização afetaria as negociações diplomáticas, como ficou claro em 1999, quando a reunião ministerial da OMC realizada em Seattle teve de ser suspensa em virtude da incapacidade das autoridades locais para conter os protestos e a desordem urbana. Apesar desse evento marcante, em 2001 foi possível lançar a Rodada Doha da OMC, embora com muitas dificuldades entre as partes. Mas, dali para frente as reuniões ministeriais seriam inconclusivas ou canceladas.

Atualmente, o sistema internacional, de vocação universal, criado no final da II Guerra Mundial enfrenta desafios inéditos. A diplomacia vem sofrendo desafios talvez mais agudos, em meio a incertezas e elevada imprevisibilidade: em matéria de paz e segurança, em razão dos conflitos no Oriente Médio e no Leste Europeu; na questão ambiental, dada a falta de apoio à questão climática pelo atual governo da maior economia mundial; no tocante ao comércio internacional, diante de uma OMC desprovida de coercibilidade, em virtude da posição dos Estados Unidos que, não apenas têm se oposto à aprovação de juízes para o Órgão de Apelação, como também, recentemente, passou a descumprir a regra fundamental do GATT, isto é, a da não discriminação, ao elevar unilateralmente tarifas.

O sistema internacional, em vigor desde a criação da ONU, talvez não tenha sido exposto a uma prova tão desafiadora, pois a diplomacia multilateral, mais transparente e inclusiva do que a bilateral, tem sido ignorada, deixada de lado ou claramente afastada e ameaçada. Para os críticos da ONU, é fácil apontar o número de conflitos não solucionados pelo sistema em vigor. Argumentam, sem dificuldade, a lista de conflitos regionais ou internos ocorridos desde o final da II Guerra Mundial, sobretudo em países em desenvolvimento.

Aos defensores do sistema multilateral, é difícil enumerar os conflitos que foram evitados por meio de diplomacia, uma vez que não chegaram a existir graças a meios tais como a diplomacia preventiva (assim chamada por Dag Hammarskjöld); à atuação de forças de paz e mediações da ONU; a tribunais de arbitragem, a decisões e pareceres da Corte Internacional de Justiça (mais diversa em sua composição do que sua antecessora); à cooperação econômica e técnica por agências especializadas; e ao aumento exponencial do comércio mundial. Podem estes, no entanto, lembrar que o sistema multilateral tem atuado em muitas áreas, atenuado as crises mundiais e, sobretudo, nas últimas oito décadas, evitado a ocorrência de um terceiro conflito mundial.

CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS

As ideias tratadas neste artigo, indicam que, quando os níveis de democracia diminuem, os países podem enfrentar desafios para manter uma diplomacia eficaz por, ao menos, três razões. A primeira é que ocorre uma erosão dos freios e contrapesos institucionais e, consequentemente, há a redução da responsabilização, que pode levar a políticas externas erráticas e à perda de credibilidade. A segunda seria o maior risco de conflito, pois os regimes autocráticos tendem a adotar políticas externas mais agressivas. Finalmente, as democracias em declínio podem acabar isoladas na comunidade internacional, reduzindo o engajamento diplomático.

O que se pode fazer para reativar a diplomacia multilateral diante das dificuldades, para a diplomacia mundial obter resultados em ambiente internacional menos democrático? Para enfrentar esses desafios, três medidas parecem necessárias. A primeira seria investir em diplomacia profissional e manter canais de comunicação abertos com outras nações. A segunda seria atuar ativamente em organizações internacionais para manter laços diplomáticos e exercer influência. E a terceira seria apoiar organizações não governamentais e a mídia independente para fomentar uma cidadania mais informada e engajada. Como país pacífico e democrático, o Brasil tem condições para reforçar sua atuação nesse sentido com o objetivo de, em conjunto com outros países democráticos, propiciar clima internacional mais favorável à paz e à segurança, ao respeito ao meio ambiente e aos direitos humanos, e à promoção de cooperação, comércio e investimentos. 

Tendo em mente a longa e profícua trajetória da diplomacia mundial na história, há razões para esperança de que estes momentos difíceis para negociações vão passar e que a boa e experimentada prática dessa arte universal voltará a prevalecer, como tem feito desde sempre. Afinal, como notara no século XVIII o jurista suíço Vattel, até mesmo os soberanos menos escrupulosos gostariam de ser lembrados como justos, equânimes e amantes da paz (Vattel 1758 apud Hathaway & Shapiro 2017).

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Recebido: 27 de maio de 2025

Aceito para publicação: 12 de junho de 2025

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